segunda-feira, 3 de abril de 2023

Tratado contra a máquina

Eu paro e me deparo

Com a reminiscência.

Sou feito de sua ciência.

Meu futuro é um anteparo

Que paira sobre a consciência.

E toda semântica que me forjou,

É uma rima ou um remo pra onde vou.

Uma palavra, um centímetro, um algoritmo a mais.

Mas eu deixo migalhas por onde passo.

Reminiscências perdidas, 

Lágrimas na chuva,

Irreplicáveis.


Eu paro e me deparo

Que a hermenêutica máxima, a prepotência

É incapaz de lidar com o despropósito.

Sou, acima se tudo, o vazio que não percebi e a fantástica potência que ousei deixar pelo caminho..

Sou acima de tudo, ignorante, incapaz e incompleto apesar de nunca artificial.




   

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