quarta-feira, 26 de maio de 2021

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Nem um comentário.

Nem 1.


Apenas o rio

Que caudaloso escorre

Porque não poderia ser de outra forma.

Despedaço

Conecto


O côncavo

Ao convexo


A pausa

Ao peso


Reflito

Sobre


O conflito

Do reflexo


A dualidade

Da singularidade


Aceno

Como despeço


-me ao pedaço

Que fui inteiro.




terça-feira, 25 de maio de 2021

Insone vigilância

 Ouço um verso, e me compadeço aos limites dos sentimentos invisíveis.

Sou feito de pele e palavra. E me dou conta disso depois dessa temporada isolando meus olhos da poesia.

Pelo frio ou pelos lábios treinados dos meus filhos, tenho a singela testemunha do sublime.

Dá-me a vontade de compartilhar e também de dividir ao meio a angústia que é ver passar o tempo e também servir ao seu laboro. 

Em cada hábito e cansaço, um milímetro a mais dos finos fios dourados da nuca do Francisco ou dos cílios indecifráveis do Arthur.

Cerco-me agora como um soldado que se espreita na trincheira. Cerco-me de palavras, munido dos sentidos mais atentos. Aguardo vigilante... não sei bem o quê.