quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Alquímica

Por todos os peitos o pulso do sol
E no voltar do carbono à terra
A repulsa dos ossos que desmoronam em cinza
E de estarem avulsos de um corpo
Fazerem parte do todo.

Poema espirrado

Por tudo que começa
A centelha do alvo de dois olhos
Em cada esquina
A sina da extravagância do flerte
No assalto da culpa
O latrocínio dos excessos
E não poupo a circunstância
De dizer, que agora, nesse detalhe
No monumento do momento,
As verdades foram todas ocas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sempre que acaba o carnaval

o palhaço me fala que essa fantasia de humano não me cai bem.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A 300.000.000 m/s

E da pergunta última
A tentativa inconclusiva de se definir
Diz:
Eu, feixe, sou além do reflexo, o passado de minha própria sombra.

Mas para os íntimos:
Eu, poeta, nada mais que mais um desavisado com mania de intuição.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Afilando

Retire o que disse
Meus para sempres não passaram de por enquantos
E se o por enquanto é o segmento entre dois eventos
Demarco os planos - subsolos de você -
Apesar da intersecção dos enganos
Sentir e esquecer
Entre isso, uma sinapse ou toda uma vida.
Vai saber...

Em paralelo, na angústia do tempo
Blasfemo sinais vermelhos e quebra-molas
Vértices, Vertigens
Ordenadas desordenadas
E abscissas abissais.

De você espero nos enquantos a esperança.