terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Menu do dia

Uma buchada de bode expiatório
Self service all you can IT..
Não existe almoço grátis

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Live

Life ain soft
But an empty rock
Which is full

Life despise 
What u feel
Even if you cant feel 
Nothing but life

Life clings
Like a tongue clings to ice
Like beauty to eyes

Life is light
A boat and a leaf
A star and the stream
In between riversides


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O frete

Era preciso mudar
Mas a mudança é apenas uma aparência
Era fundamental aparentar outra coisa, então
Mas a coisa em si é uma consequência estática de um movimento falso
Era então necessário falsear no movimento
Dançar loucamente
Enlouquecer o subjétil
Derrivar
Vacilar pra caralho
Ser um tremendo filho da puta
Foder com essa estética hermética e fraca
Até o extremo ponto em que ninguém mais pudesse entendê-lo
Enfim.. era preciso mudar

Insubordinada oração

Amar
O verbo intransitivo
Transitório




quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Tempestade

Deslumbra um raio sob a noite
E antes fosse tarde do que cedo
O reto descompasso incessante
Acomete ao traço da certeza
A fissura imóvel
E o molde
Que envolve o quando
De um segundo distante
Em que já não somos mais os mesmos.




sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Poema in

A poesia do impossível
Programada
O infinito é só tendencia -
Todo o inacabado sempre coube
Na procrastinação.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Secretos

O poste revela ao desatento
O desatino pelo escuro encoberto
O reflexo disforme do cimento
A tábua calma cama dos Sentetos
Desalma o lamento discreto
Gravita ao insólito concreto
Semeia pela noite o terror
A certeza funesta da dor
Que respira pelos esgotos
A entrópica cor do preto
A matéria do infinito engodo
Que nos alimenta a fome
O verme o nome que não ousa
Dizer e que vem do outro lado
Da rua convicta da pena
Que sentenciarão os donos
Dostetos, um tanto indiscretos
Sob a escuridão de um céu
Que não enxergam mas
Que os empurra ao Secreto
A pena final que encerra
O fel, o fato e os fetos

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Cozinha

Como pudesse ver de perto o distante
Aos passos da mão
Errada para um destino
Certo
E se talvez desperto
O real me confundir
Ou a nudez recrudescer
Possa eu servir a lucidez
Como um mordomo que as escondidas
Toma o gole proibido dos restos do patrão

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Estatualizado


Me induza, meduza
Ao teu desejo ou dejeto
o dicionário do teu cio
O codex do teu cortex
 O teu atlas genético

Me introduza, meduza
Como teu dedo predileto
Ao teu ventre venéreo
Ou o vento austral
Ao teu corte central

Me reduza, meduza
Ao teu edipo complexo
O teu gozo indiscreto
A tua tara sublingual
Ou a subreptícia reminiscente lembrança do meu pau





quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Haiquítico

É tica a ética
Estanque
O tique-taque

Roteiro

Insiro o inseto no set
Como o mote mortal
Conceito: "improviso"
No roda-pé do mundo

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Lobo coletivo

No meio do utilitarismo brutal do engarrafamento de um tunel, o garoto estava nu debaixo dos parangolés de biscoito e de um fuzil de assalto escondido entre os sacos.

Os corpos e o sangue espraiados pelo reflexo metálico dos carros. A terça-feira exalava o poente. Diriam todos que não faria sentido.

- Tá quanto o biscoito globo, muléqui?

Parabólico

Distorcemos o caos com um ponto   .
E dele derivamos o novo
A forma dium corte do todo
Exprimida dissonância completa
O zumbido vazio
Uma nota sem tom mas repleta
Tudo e qualquer definidos
Em metonimia mimética
O quadro-moldura-museu-mundo-projetil
sem o lastro do espaço
Dos nós-entre-nós a que somos
Somados ao impossível
Projeto de prescrever
A Sorte por um retrato
Quando o todo nos atravessa disforme em escrita

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Hipertese

O quase sem-fim
Desdobra em mim
Da gênese à coda
Da tese ao molde:
O poder poda
A potência pode

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Poente

O lusco fusco destila
O conhaque no rim
O câncer que se espraia pela bexiga
E a vontade de viver
Na forma disforme do crepúsculo

O inevitável que já bate a porta
A certeza de que tudo repousa um dia ao chão
As varizes e os pés da bailarina

A calmaria é o presságio da fúria
A vida, o sopro fulminante
Entre a hélice amolada do tempo.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

To eat or not tweet

Se A REALIDADE NÃO FALA COM OUTRAS COISAS SENÃO CONSIGO PRÓPRIA, o que fazer?

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

(P)léxica

Saliva seiva
Vulva
Que revolve

O esmegma
E o magma
O sintagma

Magnética
Gramática
Bruta

A matéria
Etérea
Da palavra

Que lavra
A lava
Feito o vento

A pedra
Oblíqua em
Sedimento

A porta
Movediça
Do tormento

O tempo
Gravitante
Do sentido

Craveja
O peito
De sintaxe

A árvore
O corte
O sulco

A seiva
Salivante
Vulva

Envolta
Volúpia
Lancinante

A febre
Liquefeita
Do instinto

Sob a tinta
Sublime
Subversa

O ocaso
A sombra
A escuridão.




segunda-feira, 28 de agosto de 2017

T (pt.2)

Bolha estrutura
Na esquina do desejo
O letreiro demodé
Néon, um gás nobre
Num gueto sujo,
Estroboscópico
Arabesco indecifrável
Cintilada mistéria noite
Um clipe interminável
Do eclipse
Um ponto de vista
No canto da boca
A língua eu
Menino soldado
Em ti
Os olhos insondáveis
Em ti
Que existe
Enquanto
Espuma
E silêncio
E língua sobre
Língua
Sobretudo

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Proesma

A celeuma teima Variante do sentir Carne e sede Derivados em um mesmo Dissonante dialeto
Que não diz Mas que se faz entender
Pelos poros defeitos Da pele e pelos
Tons irradiantes Dos pés na areia E o frio sublinhado Em fumaça Um cano de descarga Que leva contigo Toda sorte de azares Destinados pelo acaso E sua sempre irremediável Falta de noção Diante da óbvia ubíqua lei desta terra de ninguém

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Até qual

Até qual ponto
A revolta não é a única saída possível?
Até que ponto a coragem não é a verdadeira ilusão quixotesca?
Até qual ponto podemos pedir pra descer?
Até qual ponto seremos obrigados a sair?
Até qual ponto se perde os dedos?
Até quando entregaremos os pontos?

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Zamioculca

O flerte aflito
Em flor
E na outra,
Toda uma floresta

Insaciáveis dedos
Deflorando-se
À uma certa
sombra violeta

{Os homens são inúteis
Marionetes
Traumas
De matizes violentas
Da mulher}


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

T

O quando em mim
Que te eterniza
O terno sentimento
Do despudor
E um molhar
Secreto
Sobre o corpo
O nexo e o torpe
Infiltrado no concreto
Do teu sexo

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Poema fechado

Todo novo um velho
Concatenado
Todo um ovo morre
Quando quebrado
Todo morto nasce
Determinado
Todo acaso um caso
Potencializado
Todo alcance a chance
Do inesperado

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Carta para LFF

O néctar triste

O fim é o único amigo
Disse Jim na obra inaugural

O desespero potência inesperada

Ainda que o final seja o normal

A gota d'água
O copo vazio
A pupila dilatando
E toda memória evadindo seu sentido
Pra se juntar a matéria bruta
Que corta o abraço e esfria o que nos move

Tudo sinto num pote
Uma mensagem numa garrafa:
Analfabeto universo,
Eu te amo
Com toda capacidade destrutiva do inútil
Do inesperado e do insólito
Do insondável e do dissenso

Espero incrédulo
Que as falsas promessas te recebam
Tal qual esta que criei pra te enviar
Um beijo e um eu te amo silencioso
Com cheiro do mais estridente grito no éter

/E o mais banal de tudo
É que isso é apenas um acordo estético
De mim comigo mesmo
Um solilóquio
Um simples bilhete ególatra pra me olhar de outro ponto em outra época
Com um certo surto necessário de me expor
Ou traduzir o pigarro em linguagem

Mas no fundo mesmo
Desse buraco mais embaixo
Eu sinto você
Mesmo numa certa consciência boçal de que você dorme e não sabe o que de fato de espera/

Você leva muito de mim à porta do vazio
Como me fez orgulhoso de tua coragem
Em chegar até ali
Ou em se dar conta que sou uma
Das infinitas conseqüências de você

Não posso te oferecer
Nada se não o tríptico total
Do eu te amo
E sei de alguma forma que me ouve
Pelo amor firme que atravessa toda força.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Gota


Eu
Fronteira consciente
Neste anonimo que caminha por essa cidade desabitada pela noite
Dizem que seus moradores evadem-se deste lugar até que a escuridão desapareça
Os postes que serviriam para iluminar
Esclarecem no amarelo acre a turbidez do escuro
Este que sou eu
Tal qual o frio
De repente para e olha para cima
Esta mulher na janela
Tão só e tão cobre que reflete a cidade pelos olhos
Ele decide gritar que a ama
Mesmo sem tê-la conhecido
Como que pudesse evitar a certeza eminente do pior
Ela o amou por um instante
E só

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Nauta

Portugues nao e uma lingua
Tampouco o dono da padaria
Mas quem nasce no porto

E quem nele nasce, o portugues,
Faz da lingua o dialeto
Que lambe os sonhos do padeiro
Portugues

《《Naufrago
Nautilo
O porto à deriva
Sob a via lactea na contramao》

Bombordo
Ao zenite

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Canibal

Experimento-corpo
Língua
Lodo
Pelo
Unha
Sangue
Cimento
Cio
Menta
Mental

Mascar
A máscara que nos faz corpo
Até a epítome do gozo

domingo, 9 de julho de 2017

Gran finale

O jovem em questão morrera em um acidente.
"Os malabaris o decapitaram" disse o delegado.
E, logo após o episódio, muitos passantes atiravam moedas e ovacionaram o cadáver, achando se tratar do gran finale de seu número.

S

Sou     imundo
Sou o mundo
Sou o mudo
Sôo mudo
Somo
Som
S

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Encapsulável

A expectativa do molde
E o espectro casual que arreversa

Cabe entre os espaços
O silêncio

Como cabe o nada

Como cabe o anti
Na matéria

E como cabe o imponderável
Na lógica

Queima ao céus de estrelas
O inflamável balão

E a combustão nos alimenta
No frio inverno

E o calor de uma palavra morta
Sai dos meus dedos

Pra te queimar por dentro
Num tempo quente de um verão vindouro

E me arremeto
Nesse largo espaço

Pelo  vazio imóvel
Dos dados

E na loteria do acaso
Emergir no alinhar dos astros.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Atlântico

Oh mar
Faca solar
Hélice rósea
Infinda
Morte e habitat
Traga e retorne
Em tuas arbóreas vagas
Asfixie e congele
Banhe e acalme
Destrue cidades
E molde castelos de areia
Mar, oh largo signo
Não nos faça jamais esquecer
Do Movimento Total

terça-feira, 13 de junho de 2017

Prescrição

O poema hipnótico
Um deja vu
Em cada esquina

O antibiótico
Ante ao utópico
A sina insaciável

Sobre o mundo
A janela é uma porta
Em potencial

terça-feira, 30 de maio de 2017

Processo Seletivo

"o apodrescer é o florescer das vísceras!", pensou ele em voz baixa.

A samambaia de plástico no canto do escritório suspirava  um mantra em seu ouvido
"Plantae Pteridophyta Polypodiopsida".

"Infelizmente você não passou para a próxima fase"



terça-feira, 23 de maio de 2017

Testemunho

Por sobre o supremo júri,

A reza silenciosa
Da sentença capital:

Todos à morte
Ao prazo da sorte

Por sobre a lei:

O movimento ao léu.



sexta-feira, 21 de abril de 2017

Nubilo

Acorda.. acorda! Acorda!!
O dia está bonito.. como fazia não estava.
Não estava com fome, e geralmente acordava apenas com sede.
Espreguiçou o dia como se pudesse estalar o corpo feito um tronco crescendo
Uma linha de pó como um rio
Transposto para dar de beber a quem cultua a chuva feito o deus que nunca volta
(Deuses não existem, mas tem cheiro)
Talvez pudesse voltar a dormir
Talvez o dia no sonho pudesse ser ainda mais incrível
Talvez o crível já não interessasse mais
Os dias cinzas são tão regulares
E, no fundo, a regularidade é um sistema fechado em si mesmo
A plenitude verdadeira era o dia cinza em sua pura potência
Essa força latejante de quando nos damos conta
De quando estamos mortos tanto quanto a estrela vibrante
E o pulso na veia é o mesmo da nuvem e da seiva
E a língua seca feito o solo
Que suspira pedindo pelo seu despertar
De perto, de perto mesmo,
O ódio é o amor
E a morte é a vida
O dia cinza raiou com todo o desprezo
Quão irreparável revelação
Nessa revolução imanente do sexo
E o plexo inexorável do verso
O cinza sendo a própria escuridão brilhante
Sendo ela dormindo
Sob o manto ensurdecedor do universo
E seu silêncio cinza

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Dialogo

Estamos aqui para a evolução, ela disse.

- Estamos aqui pelo movimento.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Lótus

Todos somos tudo
Como o eu é o outro dormente
O nós, o eles sem precedente
O cosmo como a gosma
Ou a semente
O gozo
In(can)descente-
A promessa
A premissa
O presente.


quarta-feira, 22 de março de 2017

recorte d'A Noite dos Mil Dias

Refestelava-se das sobras que havia guardado. Era o quinto dia desde a morte da figura grotesca. E ele fazia de tudo para aproveitar ao máximo sua carne antes que ela apodrecesse.

Empanzinado dos pedaços já rançosos, ele olhava para o deserto e não saberia dizer quando poderia se alimentar novamente ou se, de algum modo, poderia sobreviver por mais alguns dias naquela clareira inóspita.

O sol, que começara a se pôr há duas semanas, completaria seu translado em poucas horas. O céu sustentava um laranja metálico e a paisagem anunciava o frio implacável que estava por vir. No outro polo do horizonte, a escuridão se descortinava, enquanto um dos olhos era deglutido calmamente.

Para sobreviver a Noite dos Mil Dias era preciso se mover, e assim o fez. Começou sua procissão pelo deserto arrastando a carniça do monstruoso gigante. A cada jornada seu fardo se tornava mais leve.

Depois do sexto dia, nada mais era visto, a não ser a parca luz das estrelas. Não poderia saber se elas também estavam mortas, mas o brilho delas o alimentava tal qual o corpo apodrecido do gigante. De alguma forma, ele sabia que estava na direção certa, mesmo sem saber com precisão para onde ia, ou se ainda havia do que fugir.

domingo, 19 de março de 2017

Holismo

Governismo
Fascismo
Anarquismo
Marxismo
Capitalismo
Racismo
Ceticismo
Cristianismo
Espiritismo
Sensacionalismo
Calvinismo
Altruísmo
Sexismo
Racismo
Chauvinismo
Feminismo
Estrabismo
Cubismo
Maneirismo
Albinismo
Budismo
Construtivismo
Arcadismo
Pós-modernismo
Absolutismo
Iluminismo
Nepotismo
Sionismo
Wahabismo
Sofismo
Platonismo
Batismo
Cismo
Behaviorismo
Belicismo
Hinduísmo
Minimalismo
Sincretismo
Totalitarismo



Tudo
Cabe
No esmo,
O ermo
Abismo

quarta-feira, 15 de março de 2017

(Numa ponte-aerea qualquer)


As cidades

Cedo
A idade
Do colosso
Tempo (tal qual os carros)
Irrelevante

Relevo das nuvens
Sublimantes
Naves

Fora
Vida

Ave mãe
A que seguimos
Protestantes

Ao caso
Consternado
Da morte
Irreparável irrelevante(!)

Somos céu
Seremos água
Ou chão
O não
Desconcertante

O grão
O pão
A ponte etérea
Vacilante
Dos olhos entre os vãos

(Minúsculos) amantes
À turbulenta
Sorte dos gigantes

E o alado inabalado
Que sustenta
Do milímetro distante
Ao mais próximo infinito

Instante.


quarta-feira, 8 de março de 2017

Mulher

Mulher
Muita
Mulher
Muda

Que floresce
Que fecunda

Regenere
O gênero

A mulher
vida
A mulher
morte

Que dá
Que tira

Pandora
Helena
Julieta
Natalia
Rosalina

Na fogueira
Nos olhos

A mulher última
Lágrima
Prima
Esperança



Haicai em câmera lenta

(Há mais combinações de palavras possíveis em um haicai do que átomos no universo)

Brincar de infinito
Enquanto a lenta
Bigorna nos esmaga

.

domingo, 5 de março de 2017

Uroboros


A gravidade que engole estrelas
Submetida as fronteiras de um copo

Como o cosmos nos veste em corpos

Dizem que é preciso saber voltar
Embora não nos lembrem como fomos.


quarta-feira, 1 de março de 2017

auto-conselho pro futuro


O amor - um copo cheio de perdão -
E a coragem que à revelia nos condena a realidade
(Que nos traga todo dia)

No fosso de nossos erros, sermos capazes de perdoar, arrepender e mudar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Blockbuster

Etern o começo
O quase
Que me preenche em seus
Espaços
Os quais me se gue me m seus passos
Que me pisam
Os seus cadarços
Que meatam nos teus atos
Na sinopse das sinapses
Dos meus lapsos:

Você

domingo, 15 de janeiro de 2017

Aforismo alcoolico pt.1

Eu tento
Tentaculos de fogo
Eu tendo
A morte
Sendo amor

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Alma

Atravessa-me o rio
Flutua-me sem que possa pegá-lo
Tal qual os encontros
E a matéria sublime que sintetizam os sonhos
Palavras e figuras
Destiladas pelo rio
Que corre em todas as direções

De sua densa lama
Nos fazemos homens, mulheres, crianças,
Velhas formas a serem deformadas pelo rio
E serem de novo a lama
Sob sua turva água,
que não dá pé.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017