sexta-feira, 27 de março de 2015

pos içã o

de dentro da rua
- as veias expostas dessa cidade

tudo soa como uma qu3stão de posicionamento

a geometria dos dedos ao rosto

uma crase que falta

ou uma falta que não deixa de ser

estando em outro lugar

os dentes postos nos lábios 

e a sua pressão milimétrica

como a sexta-feira é um lugar no tempo

após ao meio dia, o fractal perfeito da nuvem que anuncia

a causa é um efeito na posição trocada

a chuva é uma parte de sol

e como o esquecimento não deixa de ser a memória dissolvida

eu lembro através de você que não há lugar errado 

ou estaríamos todos perdidos.


terça-feira, 10 de março de 2015

Da janela

Realça deserto
Que te lança
Da tua trança
Me desperto
O sentimento
Do teu seio
Me refrato
Nos mil beijos
Que flutuam
No penhasco
Dos teus olhos

Mas me alcança
Antes que distante
Pelo dizer, o aroma
De um instante
E cintila na ribalta
Que te espera
E me acalma
Feito as gotas
Que se encontram
E deslizam suicidas
na janela.