quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Enforque-se

À deriva, à deriva
O que me sobra é saber de minha vocação
A de provocar o mundo
Estando a deriva de mim mesmo
No refluxo sem fim
De vomitar verbos imponderáveis
Sobre ouvidos satisfeitos

{No interregno do silêncio
A gargalhada do louco
O grito psicótico da insanidade}

Quando não lhes restam o que tampar às orelhas
Silenciam-se os insanos
Mesmo os que tentam se romper
De suas próprias gargantas

Os silenciadores
À deriva, à deriva
Feito algozes das próprias vozes.

Um comentário:

  1. O que me sobra é saber de minha vocação
    A de provocar o mundo
    Estando a deriva de mim mesmo

    caralho veio violento

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