sábado, 14 de novembro de 2009

Minotauro

O feio tem um lugar especial em mim.
Contemplo-o sobre humores viscerais.

Eu faço a licença poética para matar qualquer desculpa que embrulha meu estômago. E confesso,

Amo cada mulher no instante que lhes toco a face.

As verdades ecoam em labirintos,

E o inconteste sepulcro da imaginação
Queima o novelo que me levaria à saída.

A memória é seletiva e silencio temendo um grito.
(mas torço: grite!)

Desisto no soturno gesto de não mudar de direção.
Sôo como mais um escravo da liberdade
Ou um turista da minha própria vida.
A poesia é minha fonte de expiração
Deste mundo rarefeito.

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