quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Nos mares de marina

O céu não passa de um teto colorível
E florboletas pousam em passarárvores

Dos mares de marina
Evaporam as matizes do impossível
Nos seis planos que chovem horizontes

Pelos mares de marina
Trapezistas velejam barcos flutuantes
Ancoradas naus, asas de albatrozes

Os mares de marina
São as canvas de mundos distantes
Vistos por todos castanhos telescópios

Dos mares de marina
Golfinhos pescam pessoas numa boa
E as gaivotas acenam bailarinas

Aos mares de marina
Areiam idéias dissolutas ao que voa
Enquanto as ondas molham a cartolina

Os mares de marina
Não passam de um quarto infinito
Onde o onírico é o limite do absurdo.

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