domingo, 27 de dezembro de 2009

Entre céu e chão

Olhos titubeiam a direção
E os meu iluminam os bordados de inocência
Tecidos no mistério que ainda a veste
Mesmo despida.

Queria um cigarro.
Queimar o ímpeto,
Tragar segredo
E baforar as palavras que parecem bonitas.

Bonito mesmo são as nuvens que raspam rostos e montanhas.
Quanto de lava e tempo para esculpí-las?
Isso sim é bonito, mais que nossos movimentos errantes.

Mas na encosta de teus reseios
Meus apelos eriçam sobre qualquer paisagem.
O resto são gestos.

Dou salvo-conduto às palavras
E te mostro como ainda existe o que salvar
Sob o calor do sol e a vertigem da subida.

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