quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Objetos Invisíveis Não Identificados

O frio dorme debaixo das unhas. Dizem que passam jacarés e carros por essa estrada. A cidade é ciclotímica. E à noite, o circo fecha pra balanço. Palhaços fazem marketing, trapezistas, logística, e os domadores, recursos humanos. Você bem sabe, que o espetáculo se agigantou. O círculo de fogo abriga à todos e os precedentes monumentais deste século XXII, ainda que o dia permaneça fazendo 24 horas. Temos que ser racionais. Usar a emoção com inteligência. Angariar fundos. Se afundar neste pragmatismo. O tempo é dinheiro, e passar o segundo contando os vinténs é o que tem de ser feito. O jacaré atravessa a rua. E os carros se jogam nos pântanos. Me chafurdo no absurdo de pensar... Como pode? Os carros não voam, e os cavalos estão extintos. Que tempos vivemos? Onde vivem os tempos? O espelho nos diz muito.. o espelho cintila todos os sentidos, e o jacaré continua na contra-mão, com sangue frio pra esquentar sob um sol que só chega amanhã.

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