Salvem-me de minha inocência.
Salvem-me de minha aldeia sem lei.
Salvem-me do derradeiro juízo final.
Salvem-me da infinita terra que me guarda.
Salvem-me do assalto de meus olhos.
Salvem-me do meu canibalismo.
Salvem-me da caça.
Salvem-me de minha própria salvação.
Salvem-me da saliva que sorve de raiva.
Salvem-me da cólera dos teus deuses.
Salvem-me, homens do horizonte,
Desta língua podre que já me lambeu a alma.
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