É teu aniversário. E supostamente deveria dizer alguma coisa. Obrigo-me a dizer qualquer coisa, inclusive dizer que não me esqueci dele. Mas sobretudo que tudo que disser será banal, frente a tudo o que poderia ter dito. Dessa forma, como se pudesse velar o silêncio. E como se o silêncio não fosse um gesto absoluto. Eu o entrego. Não o vulgar, mas o apraz silêncio entre o olhar e o horizonte. O silêncio com os pés afundados na areia, e o mar batendo ao tornozelo. Para o teu bem, um silêncio ensolarado de desejo, de palavras por dizer.
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