O zeta se aproxima
De cima em linha reta
No cataclismo disfarce
Da faca, da face
No hiato dos lábios
Em tempestade solar
Para selar o consolo
E desiludir o trôpego pulso
Em alta pressão
Porque a água que limpa
É também a que afoga
Os afagos guardados no coração
E no seco gole da saliva
Raiar um sol indiferente
Que te liberte do disfarce
Do falso sorriso entre os dentes
Da faca, da face
Da farsa e da foice
Contar a realidade
Por baldes de água fria
No pôr solar da cidade
O que é é não ser o que seria
E por definição
O horizonte alheio
Fazer brotar em teu seio
A epifania da morte da ilusão.
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