sábado, 26 de maio de 2012

na glote

Você, descrente de mim
Os deuses descrentes de mim
Se danam
Engasgados com a minha existência

Atravessada
No rabo de olho
Que abana com deleite

Venha,
Deite.

Você,
Tu
que alucina
O vício dos meus passos
Que cintila o aço
Que farfalha a grama
Que eu piso
Que eu amasso

Que pesa uma
um tanto quanto
A outra você
Você novamente
Encruzilhada
No cruzar dessas pernas
A cruzada

Você novamente
E o feixe de sol

Você, amarrotada de mim
Você, descrente de mim...

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