Você, descrente de mim
Os deuses descrentes de mim
Se danam
Engasgados com a minha existência
Atravessada
No rabo de olho
Que abana com deleite
Venha,
Deite.
Você,
Tu
que alucina
O vício dos meus passos
Que cintila o aço
Que farfalha a grama
Que eu piso
Que eu amasso
Que pesa uma
um tanto quanto
A outra você
Você novamente
Encruzilhada
No cruzar dessas pernas
A cruzada
Você novamente
E o feixe de sol
Você, amarrotada de mim
Você, descrente de mim...
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