terça-feira, 25 de julho de 2017

Gota


Eu
Fronteira consciente
Neste anonimo que caminha por essa cidade desabitada pela noite
Dizem que seus moradores evadem-se deste lugar até que a escuridão desapareça
Os postes que serviriam para iluminar
Esclarecem no amarelo acre a turbidez do escuro
Este que sou eu
Tal qual o frio
De repente para e olha para cima
Esta mulher na janela
Tão só e tão cobre que reflete a cidade pelos olhos
Ele decide gritar que a ama
Mesmo sem tê-la conhecido
Como que pudesse evitar a certeza eminente do pior
Ela o amou por um instante
E só

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