sexta-feira, 7 de julho de 2017

Encapsulável

A expectativa do molde
E o espectro casual que arreversa

Cabe entre os espaços
O silêncio

Como cabe o nada

Como cabe o anti
Na matéria

E como cabe o imponderável
Na lógica

Queima ao céus de estrelas
O inflamável balão

E a combustão nos alimenta
No frio inverno

E o calor de uma palavra morta
Sai dos meus dedos

Pra te queimar por dentro
Num tempo quente de um verão vindouro

E me arremeto
Nesse largo espaço

Pelo  vazio imóvel
Dos dados

E na loteria do acaso
Emergir no alinhar dos astros.

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