A expectativa do molde
E o espectro casual que arreversa
Cabe entre os espaços
O silêncio
Como cabe o nada
Como cabe o anti
Na matéria
E como cabe o imponderável
Na lógica
Queima ao céus de estrelas
O inflamável balão
E a combustão nos alimenta
No frio inverno
E o calor de uma palavra morta
Sai dos meus dedos
Pra te queimar por dentro
Num tempo quente de um verão vindouro
E me arremeto
Nesse largo espaço
Pelo vazio imóvel
Dos dados
E na loteria do acaso
Emergir no alinhar dos astros.
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