Venda-me o mar
No teu dia de chuva
Cante-me o vento
Sem que haja o ar
E eu, feito filósofo da tua fisiologia
Descansarei como um rei
Na transa dos teus lábios
Afogarei os dias e noites em tua silhueta
Num dos languidos sulcos de tua boceta
Até que o tempo conte ao certo
As estações porvir da revolução
E quando o cerco cessar a paciência
Ver o núcleo apodrecer em reverência
Meu reino entregue a tua natureza
A tempestade alheia, a destruição.
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