terça-feira, 21 de agosto de 2012

Quântica



De repente.

Sempre ‘de repente’.

( Como se não fosse o olhar sobre o fato. 
Como se não fosse o fato que decantou no tempo que o olhar não viu. )

Bom, de qualquer forma,
de repente (!) parece que, por detrás dessa cortina, duas frações concomitaram de acontecer.

Mas não há palco.

Não há sequer o tempo por detrás da cortina.

E com o perdão do verbo, não há coincidência quando se é o narrador.
Tão somente surpresas deliberadas..

Mas lá, há apenas a cortina defronte ao público.

Uma cortina vermelha que vela tudo que desejássemos ver.

E eu nessa curiosidade islâmica, vivo na espreita do engano de querer o eterno(,) de repente -
Quando a simultaneidade simulada do quadro é o próprio tempo.
E quando eu já narro tudo sendo eu mesmo os dois lados da cortina.



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