segunda-feira, 4 de junho de 2012

Irreversível


Teu nome é um verbete parnasiano
Na prosa podre do mundo

Uma ilha na ressaca universal
O presente no atraso do tempo

O cruel é saber
E não ter como salvar

Fatalmente lutar
Contra o rio imperdoável

Ainda que sobrem na margem
Fragmentos de esperança

Não restam mais lugares
Nem sequer a lembrança

Guardo-te a perfeição
No esquecimento.

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