quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Paralaxe (ou Os Foguetes de Artíficio)

No lusco-fusco,
olhares desavisados ao céu
minguam como a lua.

A angústia do novo século que nasce
Brota da finitude da Terra
E o salto intransponível do éter que a envolve.

Na mesma altura da aurora que miro,
a utopia perturba trêmula como a miragem
horizontesca de um deserto.
Movo-me.

Mas para onde ir,
quando ao nadir
o horizonte é apenas o Passado incalculável
dos anos-luz de nossos ancestrais?

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