A beleza suprema
Feita fato consumado
Consumiu-se líquida
Na lentura do retrato
A plenitude flutuante
estratosférica,
Um fragmento
Em estado natural
Na quina d'alma
A borda dos olhos
A moldura que fomos
Escorrida pelo breu.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Virtuócio
Vesti-me de cliché
Um coração vermelho caricaterístico
Arítmico porém feito um bebê pianista
Um beijo também
Concrético
Zer ou nao zer?
Aperto de mão,
)mão nas costas e uma cheirada de cabelo)
um tchau-tchau
Aosdeuses que calharem de nos trazer de volta
Na revolta que há de descer a mão
Vagorosa, e o cheiro Á de zer o do corpo nu
Novo como as córneas,
E na cabeça.. a labirintite de você
Por isso meus cabelos crescem
Preu um dia perdê-los todos
minha apatia reumática
e o soro hepático da cachaça
sou um outlaw da única lei:
g
r
a
v
i
d
a
d
e
.
.
.
.
________________E
__________________________toDos
_____________O_____________-__C
_________Ô___________________A
eu_____V_______________________E
_______________________-______M
______________________________.
______________________________.
______________________________.
sem precisar de asas.. o azar me basta.
Um coração vermelho caricaterístico
Arítmico porém feito um bebê pianista
Um beijo também
Concrético
Zer ou nao zer?
Aperto de mão,
)mão nas costas e uma cheirada de cabelo)
um tchau-tchau
Aosdeuses que calharem de nos trazer de volta
Na revolta que há de descer a mão
Vagorosa, e o cheiro Á de zer o do corpo nu
Novo como as córneas,
E na cabeça.. a labirintite de você
Por isso meus cabelos crescem
Preu um dia perdê-los todos
minha apatia reumática
e o soro hepático da cachaça
sou um outlaw da única lei:
g
r
a
v
i
d
a
d
e
.
.
.
.
________________E
__________________________toDos
_____________O_____________-__C
_________Ô___________________A
eu_____V_______________________E
_______________________-______M
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sem precisar de asas.. o azar me basta.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
O rei do mundo
HÁ! Na panacéia da noite
Os vassalos da pergunta
Não podem saber de nada
Como não sabem de fato
E a lua, cristal do meu salão
Gargalha seu sorriso cínico
A mulher só se lança aos olhos dispostos à ela
E se o meio-fio é o meu trono
O mundo é o meu reino
Condeno toda plebe à forca da liberdade
Queimem o silêncio em praça pública!
Decreto estado de sítio
Até que toda desordem seja retomada!
Os vassalos da pergunta
Não podem saber de nada
Como não sabem de fato
E a lua, cristal do meu salão
Gargalha seu sorriso cínico
A mulher só se lança aos olhos dispostos à ela
E se o meio-fio é o meu trono
O mundo é o meu reino
Condeno toda plebe à forca da liberdade
Queimem o silêncio em praça pública!
Decreto estado de sítio
Até que toda desordem seja retomada!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Justo
O bem e o mal ausculta um a um.
Nos perturbados, o juiz, só.
Nos melancólicos, a sentença da culpa.
Nos idiotas, a absolvição.
Nos satisfeitos, apenas a obediência do júri.
Mas somente nos loucos, todos correm alforriados.
Nos perturbados, o juiz, só.
Nos melancólicos, a sentença da culpa.
Nos idiotas, a absolvição.
Nos satisfeitos, apenas a obediência do júri.
Mas somente nos loucos, todos correm alforriados.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Cármico
Permaneço invólucro
Amniótico e estático
Idolatrando a dúvida
Na cor da tua voz
Te amo, ainda e até quando
Houver teu vulto no escuro
Do meu fechar de olhos
Um breu carmim
Feito teus lábios derradeiros
Ou o cáspio de tuas asas,
Borboleta.
Amniótico e estático
Idolatrando a dúvida
Na cor da tua voz
Te amo, ainda e até quando
Houver teu vulto no escuro
Do meu fechar de olhos
Um breu carmim
Feito teus lábios derradeiros
Ou o cáspio de tuas asas,
Borboleta.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Efêmeras fêmeas
E no alto de suas baixezas mora toda filosofia. A melodia do bordel, o limbo do luxo com o lixo. As divisas humanas de olhos pintados. A lágrima cruel e todo torpor do desatino. O ópio e os quadriz. Cada junta, uma vida de mil vidas. E todas elas me beijam com a vileza da saudade. Beijam-me túmidas. Da sarjeta o vislumbre do sol que nasce. Não tenho um tostão, só o zênite da noite e o amor das prostitutas - minhas blasfêmeas sagradas.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Lexia
a palavra é voluntária como o vômito
e dentro da minha bulimia linguística
forço deliberadamente cada idéia da garganta
Já me olho no espelho sem me reconhecer
E posso escrever uma bíblia de angústias
que continuarei irreflexível à mim
detrás de cada verbete um enquadro virtual
o eco refrata a língua e cantando com os olhos
só o silêncio é semântico à alma
Mas feita a dor que é o anúncio da morte
eu preciso escrever por um grito de cólera
lançando cada vocábulo gástrico ao que se dispõe
e como um atestado de vida a poesia me eclode
Nasço de minhas vísceras deglutindo meu corpo
condenado a liberdade, órfão da própria pele
e De repente a semântica me volta pela náusea
a cuspo como uma saliva intragável
O mundo gira e meu estômago torce
tudo se baseia nesses humores que correm por mim
como os ouvidos ouvem o anúncio dos pássaros
de que o sol está pra chegar aos olhos insônes
As mãos tremem pela caligrafia
Como a voz balbucia o medo da palavra
o asco me subtrai inerte, o nojo da linguagem
Desespero sem que sobre qualquer vestígio
qualquer resquício de idéia póstuma
numa indigência programada,
Canibalescamente subsisto como se nunca houvesse
sendo o último da minha espécie devoro a língua
Sinto-me sintático nos meus grunhidos
sumo ao mundo como se nunca houvesse
numa crônica anacrônica minha com o tempo
meus gritos primais ecoam em minha cela
Todas as portas se fecham, não há destino
ou passado, velado, túmido em meu próprio corpo
Engulo todas as chaves que levam a saída
refugiado do mundo, apátrida e incomunicável
onomatopéico como uma criança
Um rascunho léxico de minhas guerras intestinas
Meu testamento na língua natimorta que eu criei
é avulso, deixo para o que ainda não morreu de mim
a herança do que se entende pelo gesto
Ahudfhfue02m´fw#mwe&osdnáefnéf~F¨Srfp:6gde
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vfeergo´vme´rigérg4[rpomaepomrgmG%W ggwerg
...
e dentro da minha bulimia linguística
forço deliberadamente cada idéia da garganta
Já me olho no espelho sem me reconhecer
E posso escrever uma bíblia de angústias
que continuarei irreflexível à mim
detrás de cada verbete um enquadro virtual
o eco refrata a língua e cantando com os olhos
só o silêncio é semântico à alma
Mas feita a dor que é o anúncio da morte
eu preciso escrever por um grito de cólera
lançando cada vocábulo gástrico ao que se dispõe
e como um atestado de vida a poesia me eclode
Nasço de minhas vísceras deglutindo meu corpo
condenado a liberdade, órfão da própria pele
e De repente a semântica me volta pela náusea
a cuspo como uma saliva intragável
O mundo gira e meu estômago torce
tudo se baseia nesses humores que correm por mim
como os ouvidos ouvem o anúncio dos pássaros
de que o sol está pra chegar aos olhos insônes
As mãos tremem pela caligrafia
Como a voz balbucia o medo da palavra
o asco me subtrai inerte, o nojo da linguagem
Desespero sem que sobre qualquer vestígio
qualquer resquício de idéia póstuma
numa indigência programada,
Canibalescamente subsisto como se nunca houvesse
sendo o último da minha espécie devoro a língua
Sinto-me sintático nos meus grunhidos
sumo ao mundo como se nunca houvesse
numa crônica anacrônica minha com o tempo
meus gritos primais ecoam em minha cela
Todas as portas se fecham, não há destino
ou passado, velado, túmido em meu próprio corpo
Engulo todas as chaves que levam a saída
refugiado do mundo, apátrida e incomunicável
onomatopéico como uma criança
Um rascunho léxico de minhas guerras intestinas
Meu testamento na língua natimorta que eu criei
é avulso, deixo para o que ainda não morreu de mim
a herança do que se entende pelo gesto
Ahudfhfue02m´fw#mwe&osdnáefnéf~F¨Srfp:6gde
OGMgminfsiewWErwfwTY%$yhN¨67$Ysdve4rg$*5ve
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Revolta
Vá para o inferno
Ou vá para o céu
Não importa, vá!
E saiba que toda ida
É a renúncia da volta
A tenacidade do corpo
É a sua própria existência
Proponho um brinde aos mortos
E no estilhaçar dos copos
A ruptura da morte
A volta, revolta, revolução.
A catarata no olho que tudo vê
Um porre da pimenta dos olhos de Deus.
Ou vá para o céu
Não importa, vá!
E saiba que toda ida
É a renúncia da volta
A tenacidade do corpo
É a sua própria existência
Proponho um brinde aos mortos
E no estilhaçar dos copos
A ruptura da morte
A volta, revolta, revolução.
A catarata no olho que tudo vê
Um porre da pimenta dos olhos de Deus.
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