Hei de plantar teus lábios
Irrigarei o solo dos sonhos com suor
E no lapso do tempo
Ver emergir o botão da tua boca
E as tuas coxas feito caule
Frágeis e perfeitas
Nos invernos o orvalho de lágrimas
E o sereno das noites de verão
Os beijos
Te colherei sempre
Com o afinco que te cuidei
Nunca para amputar-te
Mas pra lembrar-me do polém
E da certeza de que um dia já me bastou uma flor
Ao jardim inteiro.
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