A gravidade fiel ao magma
Conduz-nos ao âmago da terra
O homem olhando as estrelas
Chamam o chão de inferno
E o impossível de céu.
Blasfêmia!
Eu abraço o chão.
A montanha é o monumento
Da Guerra de todas as guerras
Do Fogo contra o Frio,
Do Ódio contra a Obediência,
Do Amor contra a Morte,
Da Vida contra o Nada.
O plácido e o imparcial são para os fracos
E meu coração pulsa vermelho
Indolente.
Sou filho de Hades!
Na intermitência do Sol
E do centro da Terra
De uma estrela e outra
Sobra a farsa
O frio, o vazio, a mentira!
Febril me desnaturo no teu cruzar de pernas
E me enlouqueço no verão do teu ventre.
Derreto-me.
Sou a ebulição de mim mesmo
Fulminante como a cor dos teus lábios
E a paixão do teu sangue.
Eu sou a lava que corre pelas suas veias.
O calefar das lágrimas.
Eu pulso no limite da força
O nascimento constante.
Eu sou a sífilis.
Filho do fogo e amante da loucura.
A explosão, a luz e o som.
A liberdade indomável
E o orgasmo de uma nova mulher.
Eu sou a cólera, a criação e o caos.
se raul seixas soubesse do magma daria isso aí rs
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