A poesia do impossível
Programada
O infinito é só tendencia -
Todo o inacabado sempre coube
Na procrastinação.
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Secretos
O poste revela ao desatento
O desatino pelo escuro encoberto
O reflexo disforme do cimento
A tábua calma cama dos Sentetos
Desalma o lamento discreto
Gravita ao insólito concreto
Semeia pela noite o terror
A certeza funesta da dor
Que respira pelos esgotos
A entrópica cor do preto
A matéria do infinito engodo
Que nos alimenta a fome
O verme o nome que não ousa
Dizer e que vem do outro lado
Da rua convicta da pena
Que sentenciarão os donos
Dostetos, um tanto indiscretos
Sob a escuridão de um céu
Que não enxergam mas
Que os empurra ao Secreto
A pena final que encerra
O fel, o fato e os fetos
O desatino pelo escuro encoberto
O reflexo disforme do cimento
A tábua calma cama dos Sentetos
Desalma o lamento discreto
Gravita ao insólito concreto
Semeia pela noite o terror
A certeza funesta da dor
Que respira pelos esgotos
A entrópica cor do preto
A matéria do infinito engodo
Que nos alimenta a fome
O verme o nome que não ousa
Dizer e que vem do outro lado
Da rua convicta da pena
Que sentenciarão os donos
Dostetos, um tanto indiscretos
Sob a escuridão de um céu
Que não enxergam mas
Que os empurra ao Secreto
A pena final que encerra
O fel, o fato e os fetos
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Cozinha
Como pudesse ver de perto o distante
Aos passos da mão
Errada para um destino
Certo
E se talvez desperto
O real me confundir
Ou a nudez recrudescer
Possa eu servir a lucidez
Como um mordomo que as escondidas
Toma o gole proibido dos restos do patrão
Aos passos da mão
Errada para um destino
Certo
E se talvez desperto
O real me confundir
Ou a nudez recrudescer
Possa eu servir a lucidez
Como um mordomo que as escondidas
Toma o gole proibido dos restos do patrão
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Estatualizado
Me induza, meduza
Ao teu desejo ou dejeto
o dicionário do teu cio
O codex do teu cortex
O teu atlas genético
Me introduza, meduza
Como teu dedo predileto
Ao teu ventre venéreo
Ou o vento austral
Ao teu corte central
Me reduza, meduza
Ao teu edipo complexo
O teu gozo indiscreto
A tua tara sublingual
Ou a subreptícia reminiscente lembrança do meu pau
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Lobo coletivo
No meio do utilitarismo brutal do engarrafamento de um tunel, o garoto estava nu debaixo dos parangolés de biscoito e de um fuzil de assalto escondido entre os sacos.
Os corpos e o sangue espraiados pelo reflexo metálico dos carros. A terça-feira exalava o poente. Diriam todos que não faria sentido.
- Tá quanto o biscoito globo, muléqui?
Os corpos e o sangue espraiados pelo reflexo metálico dos carros. A terça-feira exalava o poente. Diriam todos que não faria sentido.
- Tá quanto o biscoito globo, muléqui?
Parabólico
Distorcemos o caos com um ponto .
E dele derivamos o novo
A forma dium corte do todo
Exprimida dissonância completa
O zumbido vazio
Uma nota sem tom mas repleta
Tudo e qualquer definidos
Em metonimia mimética
O quadro-moldura-museu-mundo-projetil
sem o lastro do espaço
Dos nós-entre-nós a que somos
Somados ao impossível
Projeto de prescrever
A Sorte por um retrato
Quando o todo nos atravessa disforme em escrita
E dele derivamos o novo
A forma dium corte do todo
Exprimida dissonância completa
O zumbido vazio
Uma nota sem tom mas repleta
Tudo e qualquer definidos
Em metonimia mimética
O quadro-moldura-museu-mundo-projetil
sem o lastro do espaço
Dos nós-entre-nós a que somos
Somados ao impossível
Projeto de prescrever
A Sorte por um retrato
Quando o todo nos atravessa disforme em escrita
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