terça-feira, 25 de julho de 2017
Gota
Eu
Fronteira consciente
Neste anonimo que caminha por essa cidade desabitada pela noite
Dizem que seus moradores evadem-se deste lugar até que a escuridão desapareça
Os postes que serviriam para iluminar
Esclarecem no amarelo acre a turbidez do escuro
Este que sou eu
Tal qual o frio
De repente para e olha para cima
Esta mulher na janela
Tão só e tão cobre que reflete a cidade pelos olhos
Ele decide gritar que a ama
Mesmo sem tê-la conhecido
Como que pudesse evitar a certeza eminente do pior
Ela o amou por um instante
E só
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Nauta
Portugues nao e uma lingua
Tampouco o dono da padaria
Mas quem nasce no porto
E quem nele nasce, o portugues,
Faz da lingua o dialeto
Que lambe os sonhos do padeiro
Portugues
《《Naufrago
Nautilo
O porto à deriva
Sob a via lactea na contramao》
Bombordo
Ao zenite
Tampouco o dono da padaria
Mas quem nasce no porto
E quem nele nasce, o portugues,
Faz da lingua o dialeto
Que lambe os sonhos do padeiro
Portugues
《《Naufrago
Nautilo
O porto à deriva
Sob a via lactea na contramao》
Bombordo
Ao zenite
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Canibal
Experimento-corpo
Língua
Lodo
Pelo
Unha
Sangue
Cimento
Cio
Menta
Mental
Mascar
A máscara que nos faz corpo
Até a epítome do gozo
Língua
Lodo
Pelo
Unha
Sangue
Cimento
Cio
Menta
Mental
Mascar
A máscara que nos faz corpo
Até a epítome do gozo
domingo, 9 de julho de 2017
Gran finale
O jovem em questão morrera em um acidente.
"Os malabaris o decapitaram" disse o delegado.
E, logo após o episódio, muitos passantes atiravam moedas e ovacionaram o cadáver, achando se tratar do gran finale de seu número.
"Os malabaris o decapitaram" disse o delegado.
E, logo após o episódio, muitos passantes atiravam moedas e ovacionaram o cadáver, achando se tratar do gran finale de seu número.
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Encapsulável
A expectativa do molde
E o espectro casual que arreversa
Cabe entre os espaços
O silêncio
Como cabe o nada
Como cabe o anti
Na matéria
E como cabe o imponderável
Na lógica
Queima ao céus de estrelas
O inflamável balão
E a combustão nos alimenta
No frio inverno
E o calor de uma palavra morta
Sai dos meus dedos
Pra te queimar por dentro
Num tempo quente de um verão vindouro
E me arremeto
Nesse largo espaço
Pelo vazio imóvel
Dos dados
E na loteria do acaso
Emergir no alinhar dos astros.
E o espectro casual que arreversa
Cabe entre os espaços
O silêncio
Como cabe o nada
Como cabe o anti
Na matéria
E como cabe o imponderável
Na lógica
Queima ao céus de estrelas
O inflamável balão
E a combustão nos alimenta
No frio inverno
E o calor de uma palavra morta
Sai dos meus dedos
Pra te queimar por dentro
Num tempo quente de um verão vindouro
E me arremeto
Nesse largo espaço
Pelo vazio imóvel
Dos dados
E na loteria do acaso
Emergir no alinhar dos astros.
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