segunda-feira, 28 de julho de 2014

inverno solar

a câmera é a arma do avesso
eterniza ao invés de matar

os olhos
no meio do nada incrementado
se fecham

e tudo se une fragmentado
no acaso

à beira do infinito

à beira mar
o vitral opaco

pedras portuguesas
sustentam o verso

o passo ruma
a próxima província

deparada a paisagem inefável
de uma fotografia
que eternamente aguarda ser revelada




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