você lê ou vê algo absolutamente banal
(subitamente) se dá conta de que talvez possa não esquecer daquilo nunca mais:
o vento passa novamente, e você
[futilmente] não consegue lembrar de mais nada
a não ser diante deste segundo fundamental de reflexão, em que toda a cidade medita.
{simultaneamente} os sinais estão fechados - do cruzamento à avenida.
mas o uivo livre e improvável que rasga a arquitetura deste prédio
destoa do ohm brilhante, que pela chuva fina na ribalta, contempla este concerto imóvel de carros.
o segundo passa, e recordo meu nome.
- um belo nome pra uma rua sem saída.
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