Sinuosas nuvens se insinuam no relâmpago
Os trovões são prantos no atraso do colapso
O ruído vaga triste: da superfície ao âmago
O contemplo nu no movimento do espaço
Os dentes trincam e se arrastam pelo asfalto
A tatuagem se projeta no absurdo deste rastro
Uma salva de vidas na mão espalmada da noite
O presente rubro de ouvir o velho zunido da foice
Na noite de estrelas cadentes
O silvo agudo e indecente
da verdade que não rima.
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