Os perversos versos me chegam do inverso,
quando os travesseiros revolvem sonhos do avesso.
Eu durmo coberto por monóxido
Um sono inodoro de ligações não atendidas
De não achar onde é a saída
Neste inferno de boas intenções
O próprio braço que se apoia vacila
E pega impulso na resignação
O desalento na velocidade dos gritos
E a asfixia dos ritos do fogo
O pesadelo diz que estamos vivos
No reflexo fúnebre da sombra
O anúncio de que estaremos mortos.
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