quinta-feira, 1 de abril de 2010

Soneto da esperança para morena de pintas

Meus cílios gotejam com engodo
Pupilo do piscar das suas pupilas
Nossas lágrimas imitadas diluídas,
Embebidas pelo acre do absurdo

No relance eu lanço como aborto
Cada qual, inesperanças digeridas
Tua falta me abre as feridas
Outro fantasma levanto absorto

Teu choro enchente que me afoga
No tango de nossas imprecisões
Teu beijo o poente que me afaga

No semblante de mil dimensões
Toda minha angústia naufraga,
Castanhos das mil impressões.

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