Era preciso mudar
Mas a mudança é apenas uma aparência
Era fundamental aparentar outra coisa, então
Mas a coisa em si é uma consequência estática de um movimento falso
Era então necessário falsear no movimento
Dançar loucamente
Enlouquecer o subjétil
Derrivar
Vacilar pra caralho
Ser um tremendo filho da puta
Foder com essa estética hermética e fraca
Até o extremo ponto em que ninguém mais pudesse entendê-lo
Enfim.. era preciso mudar
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Tempestade
Deslumbra um raio sob a noite
E antes fosse tarde do que cedo
O reto descompasso incessante
Acomete ao traço da certeza
A fissura imóvel
E o molde
Que envolve o quando
De um segundo distante
Em que já não somos mais os mesmos.
E o molde
Que envolve o quando
De um segundo distante
Em que já não somos mais os mesmos.
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Poema in
A poesia do impossível
Programada
O infinito é só tendencia -
Todo o inacabado sempre coube
Na procrastinação.
Programada
O infinito é só tendencia -
Todo o inacabado sempre coube
Na procrastinação.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Secretos
O poste revela ao desatento
O desatino pelo escuro encoberto
O reflexo disforme do cimento
A tábua calma cama dos Sentetos
Desalma o lamento discreto
Gravita ao insólito concreto
Semeia pela noite o terror
A certeza funesta da dor
Que respira pelos esgotos
A entrópica cor do preto
A matéria do infinito engodo
Que nos alimenta a fome
O verme o nome que não ousa
Dizer e que vem do outro lado
Da rua convicta da pena
Que sentenciarão os donos
Dostetos, um tanto indiscretos
Sob a escuridão de um céu
Que não enxergam mas
Que os empurra ao Secreto
A pena final que encerra
O fel, o fato e os fetos
O desatino pelo escuro encoberto
O reflexo disforme do cimento
A tábua calma cama dos Sentetos
Desalma o lamento discreto
Gravita ao insólito concreto
Semeia pela noite o terror
A certeza funesta da dor
Que respira pelos esgotos
A entrópica cor do preto
A matéria do infinito engodo
Que nos alimenta a fome
O verme o nome que não ousa
Dizer e que vem do outro lado
Da rua convicta da pena
Que sentenciarão os donos
Dostetos, um tanto indiscretos
Sob a escuridão de um céu
Que não enxergam mas
Que os empurra ao Secreto
A pena final que encerra
O fel, o fato e os fetos
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Cozinha
Como pudesse ver de perto o distante
Aos passos da mão
Errada para um destino
Certo
E se talvez desperto
O real me confundir
Ou a nudez recrudescer
Possa eu servir a lucidez
Como um mordomo que as escondidas
Toma o gole proibido dos restos do patrão
Aos passos da mão
Errada para um destino
Certo
E se talvez desperto
O real me confundir
Ou a nudez recrudescer
Possa eu servir a lucidez
Como um mordomo que as escondidas
Toma o gole proibido dos restos do patrão
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Estatualizado
Me induza, meduza
Ao teu desejo ou dejeto
o dicionário do teu cio
O codex do teu cortex
O teu atlas genético
Me introduza, meduza
Como teu dedo predileto
Ao teu ventre venéreo
Ou o vento austral
Ao teu corte central
Me reduza, meduza
Ao teu edipo complexo
O teu gozo indiscreto
A tua tara sublingual
Ou a subreptícia reminiscente lembrança do meu pau
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Lobo coletivo
No meio do utilitarismo brutal do engarrafamento de um tunel, o garoto estava nu debaixo dos parangolés de biscoito e de um fuzil de assalto escondido entre os sacos.
Os corpos e o sangue espraiados pelo reflexo metálico dos carros. A terça-feira exalava o poente. Diriam todos que não faria sentido.
- Tá quanto o biscoito globo, muléqui?
Os corpos e o sangue espraiados pelo reflexo metálico dos carros. A terça-feira exalava o poente. Diriam todos que não faria sentido.
- Tá quanto o biscoito globo, muléqui?
Parabólico
Distorcemos o caos com um ponto .
E dele derivamos o novo
A forma dium corte do todo
Exprimida dissonância completa
O zumbido vazio
Uma nota sem tom mas repleta
Tudo e qualquer definidos
Em metonimia mimética
O quadro-moldura-museu-mundo-projetil
sem o lastro do espaço
Dos nós-entre-nós a que somos
Somados ao impossível
Projeto de prescrever
A Sorte por um retrato
Quando o todo nos atravessa disforme em escrita
E dele derivamos o novo
A forma dium corte do todo
Exprimida dissonância completa
O zumbido vazio
Uma nota sem tom mas repleta
Tudo e qualquer definidos
Em metonimia mimética
O quadro-moldura-museu-mundo-projetil
sem o lastro do espaço
Dos nós-entre-nós a que somos
Somados ao impossível
Projeto de prescrever
A Sorte por um retrato
Quando o todo nos atravessa disforme em escrita
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Hipertese
O quase sem-fim
Desdobra em mim
Da gênese à coda
Da tese ao molde:
O poder poda
A potência pode
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Poente
O lusco fusco destila
O conhaque no rim
O câncer que se espraia pela bexiga
E a vontade de viver
Na forma disforme do crepúsculo
O inevitável que já bate a porta
A certeza de que tudo repousa um dia ao chão
As varizes e os pés da bailarina
A calmaria é o presságio da fúria
A vida, o sopro fulminante
Entre a hélice amolada do tempo.
Entre a hélice amolada do tempo.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
(P)léxica
Saliva seiva
Vulva
Que revolve
O esmegma
E o magma
O sintagma
Magnética
Gramática
Bruta
A matéria
Etérea
Da palavra
Que lavra
A lava
Feito o vento
A pedra
Oblíqua em
Sedimento
A porta
Movediça
Do tormento
O tempo
Gravitante
Do sentido
Craveja
O peito
De sintaxe
A árvore
O corte
O sulco
A seiva
Salivante
Vulva
Envolta
Volúpia
Lancinante
A febre
Liquefeita
Do instinto
Sob a tinta
Sublime
Subversa
O ocaso
A sombra
A escuridão.
Vulva
Que revolve
O esmegma
E o magma
O sintagma
Magnética
Gramática
Bruta
A matéria
Etérea
Da palavra
Que lavra
A lava
Feito o vento
A pedra
Oblíqua em
Sedimento
A porta
Movediça
Do tormento
O tempo
Gravitante
Do sentido
Craveja
O peito
De sintaxe
A árvore
O corte
O sulco
A seiva
Salivante
Vulva
Envolta
Volúpia
Lancinante
A febre
Liquefeita
Do instinto
Sob a tinta
Sublime
Subversa
O ocaso
A sombra
A escuridão.
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