Não tenho muito,
Mas concedo aos vivos todas minhas
Brutas certezas.
Mas levo ao tumulo, aos vermes
A maior riqueza:
A lancinante dúvida
Espero com ela
Germinar uma nova árvore
Que dê frutos,
Que dê sementes
E que por fim dê em novas árvores, florestas.
Esta floresta de dúvidas
Irá salvar meus netos
Do deserto movediço do real.
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