terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Estrangeiro

Só encontro em português a bibliografia dos meus sentimentos.
Na angloamerica, posso deduzir todo o meu entorno. Os gestos, acenos e a interlocução de um povo que busca a oração como um reflexo plástico daquilo que assistimos pelos monitores made in china.
Tudo isso parece funcionar muito bem. O mimetismo dos infinitos carros em sintonia. A dança robótica da freeway. Os sinais de stop plenamente respeitados por um grupo de freemen pilotando as suas respectivas Harleys personalizadas.
Nada disso parece conectado com as minhas obsessões portuguesas e meu dialeto brasileiro. Mas sigo interessado em observar e sobreviver, tal qual um pombo no meio da Central do Brasil nesse forno do inferno do verão carioca.

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