terça-feira, 27 de março de 2018

Poema deformado

Surjo
Sujo
Ao relento

Desatento
Ao desatino

Eu tento
Exercito
o constante

Faço do quase
Um dever indevido
Vacilante

Sou devoto
Do conflito
E confundo

O raso
Com profundo

Comprovo
O cedo
Com o atraso

E refaço
O todo
Dos pedaços

E atropelo
O tropeço
Numa dança

E quando
Me canso

Repouso
Na forma
Da queda

Eu pauso
E reformo
A revolução

E deformo
O defeito
Em perfeito

Preservo
Sem reservas
Ou direção

No formol
Da palavra
Eu sirvo

E verso
E sorvo

A vida
Repleta
De falta
Completa

O tudo
Parcial

Ao modo
Do todo
Eu semeio

Seguro
De si
Sou um furo

Na roda
No asfalto
Ou no morro

Renasço

Na forma
De um ponto
Eu destroço

Um final
Decomposto
Em potência

Um início
Deposto
Ao fatal
















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