Nesta bolha
cabe um olho
Que olha bolhas
de outros olhos
Que embolam-se
em outras bolhas
Que burbulham
Sem parar
Eu bolo bolhas
De olhares outros
Bolhas novas de
olhos bobos
Espumas belas
de velhas bolhas
Liquefeitas e perfeitas
Que infinitas
Cabem em tão singela
hermética bolha
que protege
Tenue
a vasta
amplidão de olhos
E suas tão
imprescindíveis
Superfícies
bolhas de que viemos
Circunscritos
E vagueiam incertas
Sustentando no vazio
A leveza de ser
prestes a estourar.
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