Todos somos tudo
Como o eu é o outro dormente
O nós, o eles sem precedente
O cosmo como a gosma
Ou a semente
O gozo
In(can)descente-
A promessa
A premissa
O presente.
sexta-feira, 31 de março de 2017
quarta-feira, 22 de março de 2017
recorte d'A Noite dos Mil Dias
Refestelava-se das sobras que havia guardado. Era o quinto dia desde a morte da figura grotesca. E ele fazia de tudo para aproveitar ao máximo sua carne antes que ela apodrecesse.
Empanzinado dos pedaços já rançosos, ele olhava para o deserto e não saberia dizer quando poderia se alimentar novamente ou se, de algum modo, poderia sobreviver por mais alguns dias naquela clareira inóspita.
O sol, que começara a se pôr há duas semanas, completaria seu translado em poucas horas. O céu sustentava um laranja metálico e a paisagem anunciava o frio implacável que estava por vir. No outro polo do horizonte, a escuridão se descortinava, enquanto um dos olhos era deglutido calmamente.
Para sobreviver a Noite dos Mil Dias era preciso se mover, e assim o fez. Começou sua procissão pelo deserto arrastando a carniça do monstruoso gigante. A cada jornada seu fardo se tornava mais leve.
Depois do sexto dia, nada mais era visto, a não ser a parca luz das estrelas. Não poderia saber se elas também estavam mortas, mas o brilho delas o alimentava tal qual o corpo apodrecido do gigante. De alguma forma, ele sabia que estava na direção certa, mesmo sem saber com precisão para onde ia, ou se ainda havia do que fugir.
Empanzinado dos pedaços já rançosos, ele olhava para o deserto e não saberia dizer quando poderia se alimentar novamente ou se, de algum modo, poderia sobreviver por mais alguns dias naquela clareira inóspita.
O sol, que começara a se pôr há duas semanas, completaria seu translado em poucas horas. O céu sustentava um laranja metálico e a paisagem anunciava o frio implacável que estava por vir. No outro polo do horizonte, a escuridão se descortinava, enquanto um dos olhos era deglutido calmamente.
Para sobreviver a Noite dos Mil Dias era preciso se mover, e assim o fez. Começou sua procissão pelo deserto arrastando a carniça do monstruoso gigante. A cada jornada seu fardo se tornava mais leve.
Depois do sexto dia, nada mais era visto, a não ser a parca luz das estrelas. Não poderia saber se elas também estavam mortas, mas o brilho delas o alimentava tal qual o corpo apodrecido do gigante. De alguma forma, ele sabia que estava na direção certa, mesmo sem saber com precisão para onde ia, ou se ainda havia do que fugir.
domingo, 19 de março de 2017
Holismo
Governismo
Fascismo
Anarquismo
Marxismo
Capitalismo
Racismo
Ceticismo
Cristianismo
Espiritismo
Sensacionalismo
Calvinismo
Altruísmo
Sexismo
Racismo
Chauvinismo
Feminismo
Estrabismo
Cubismo
Maneirismo
Albinismo
Budismo
Construtivismo
Arcadismo
Pós-modernismo
Absolutismo
Iluminismo
Nepotismo
Sionismo
Wahabismo
Sofismo
Platonismo
Batismo
Cismo
Behaviorismo
Belicismo
Hinduísmo
Minimalismo
Sincretismo
Totalitarismo
Tudo
Cabe
No esmo,
O ermo
Abismo
Fascismo
Anarquismo
Marxismo
Capitalismo
Racismo
Ceticismo
Cristianismo
Espiritismo
Sensacionalismo
Calvinismo
Altruísmo
Sexismo
Racismo
Chauvinismo
Feminismo
Estrabismo
Cubismo
Maneirismo
Albinismo
Budismo
Construtivismo
Arcadismo
Pós-modernismo
Absolutismo
Iluminismo
Nepotismo
Sionismo
Wahabismo
Sofismo
Platonismo
Batismo
Cismo
Behaviorismo
Belicismo
Hinduísmo
Minimalismo
Sincretismo
Totalitarismo
Tudo
Cabe
No esmo,
O ermo
Abismo
quarta-feira, 15 de março de 2017
(Numa ponte-aerea qualquer)
As cidades
Cedo
A idade
Do colosso
Tempo (tal qual os carros)
Irrelevante
Relevo das nuvens
Sublimantes
Naves
Fora
Vida
Ave mãe
A que seguimos
Protestantes
Ao caso
Consternado
Da morte
Irreparável irrelevante(!)
Somos céu
Seremos água
Ou chão
O não
Desconcertante
O grão
O pão
A ponte etérea
Vacilante
Dos olhos entre os vãos
(Minúsculos) amantes
À turbulenta
Sorte dos gigantes
E o alado inabalado
Que sustenta
Do milímetro distante
Ao mais próximo infinito
Instante.
quarta-feira, 8 de março de 2017
Mulher
Mulher
Muita
Mulher
Muda
Que floresce
Que fecunda
Regenere
O gênero
A mulher
vida
A mulher
morte
Que dá
Que tira
Pandora
Helena
Julieta
Natalia
Rosalina
Na fogueira
Nos olhos
A mulher última
Lágrima
Prima
Esperança
Muita
Mulher
Muda
Que floresce
Que fecunda
Regenere
O gênero
A mulher
vida
A mulher
morte
Que dá
Que tira
Pandora
Helena
Julieta
Natalia
Rosalina
Na fogueira
Nos olhos
A mulher última
Lágrima
Prima
Esperança
Haicai em câmera lenta
(Há mais combinações de palavras possíveis em um haicai do que átomos no universo)
Brincar de infinito
Enquanto a lenta
Bigorna nos esmaga
.
domingo, 5 de março de 2017
Uroboros
A gravidade que engole estrelas
Submetida as fronteiras de um copo
Como o cosmos nos veste em corpos
Dizem que é preciso saber voltar
Embora não nos lembrem como fomos.
quarta-feira, 1 de março de 2017
auto-conselho pro futuro
O amor - um copo cheio de perdão -
E a coragem que à revelia nos condena a realidade
(Que nos traga todo dia)
No fosso de nossos erros, sermos capazes de perdoar, arrepender e mudar.
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