domingo, 4 de dezembro de 2016

Reza

O poeta morre em toda poesia
A podre poesia a qual floresce
Sóbria a que suspende o corpo
Podre do poeta morto e escreve
Entre a densa fumaça torpe do
Que chamam de verdade este
Aroma que ilumina a melodia
Deste dia incorporado poesia
Do poeta sublimado destilado
Pelo pólen das palavras mudas
Os versos dispersos no vento

Que atravessam-nos os olhos

Que é a boca suja do poeta
E é o seu canto é o timbre das
Coisas podres pluripotentes
De flores que exalam o cheiro
Doce em decomposição do
Corpo do poeta-poesia pelo
Qual lemos o mundo tal qual
Velamos o morto em palavras
Belas das quais desconhecemos
Mas que cantamos pois poetas
A elas nos ensinaram
(sem nos explicar.)

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