domingo, 28 de agosto de 2016

Natureza morta

Ver
Ver-me
Cada verme
Em meu nervo
Que me vê
Como uma cadáver
Sobre a derme
Que me despe
Deste espelho
Revirado
Pelos poros
Se alimenta
Do vazio
Que me forma
E me torna
E me revira
Vivo ou morto
Ao ver-me verme
E ser-me solto
Pela terra
Que fecundo
Com meu corpo

Nenhum comentário:

Postar um comentário