Covarde, exito.
E tu sabes, com o poder de quem vê sem ser vista,
Que saber sem dizer é o que eu sempre tentei.
Tentei ser a tua qualidade melhor.
A que talvez eu tenha amado à primeira vista quando ainda tinha coragem.
Quando era e não precisava de palavras.
Mas as coisas parecem que morrem quando começamos a escrevê-las
Como que num desejo escondido de que precisamos lembrá-las
Antes que esqueçamos de tudo.
E hoje, parece que envelheci trinta anos.
Ou talvez as coisas ao meu redor tenham envelhecido.
Apesar de tudo, o mundo da janela está melhor.
A primavera raia através da velha porta de madeira.
E nada como deixar um pouco de poeira pra conservar
Porque não há nada bonito que não tenha história.
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