Ela se sentia anestesiada. Quando saia, ria com os amigos. Mas cada felicidade era trivialmente banal. Gostou quando sentiu o inverno chegando pela água da torneira. O espelho a refletia evasiva. Ela não estava gorda, mas duvidava do próprio reflexo. Uma formiga parecia mais interessante. Não sentia fome, e o mesmo cd não parava de tocar ao fundo. Foi para a sacada e chorou, era o gás lacrimogêneo da Delfim Moreira.
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