Dessas inconsequências
De causas perdidas
Encontrei-me dois
No acaso de um lábio
E quando a ribalta sem cor
Na altura casual da dor
Precipitava-me inerte
Com braços abertos
Vi luzir o fim
Como um poente ameno
De cirrus carmim
E no devir dos outros dias
Tua nuca andará por aí
Em outros corpos
E por outros copos
Proclamarei filosofias
Em outros bares pardos de você
Assim os fatos sucederão recessivos
Até que nos esqueçam
Ou que esqueçamos uns aos outros
Na imemorável dança do universo.
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