Na esquina do horizonte
Te encontro menina
Na hora marcada do infinito
O atraso de uma vida
E um poema enfeitado de escombros.
Sangrado, é verdade
Um sangue túmido
Coagulado
Eu sangro
Eu sigo singrando
Esse mar de sangue
Esse meu sangue de mar
Que sangra diante o sagrado
Que singra o sagrado nas veias
De velas içadas em meu sagrado mar.
Eu sigo o signo torpe da palavra
Numa ressaca de você.