quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sinai (ou Os leopardos de Kafka)

Um bocejo improvisado
Cala os que dirão "dissimular"

Selam as faces plácidas
Imurmuravelmente ácidas

E se rezam preces para os deuses mortos
Cabe, então, a mim a espera do juízo derradeiro

Onde os pontífices sacerdotes dos meus templos
Guardarão inescrutáveis banalidades
Com certezas e lamentos dos que tem fé

E no fel do último gesto
Dirão que ressucitei
Quando de fato, apodreci.

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