Nas manjedouras desta terra
Nascem cristos disformes
E futuros salvadores
Nas manjedouras desta terra
A virgindade mariana
É um estupro casual
Nas manjedouras desta terra
Os reis magos em seus tronos
Os senhores da guerra
Nas manjedouras desta terra
O gado não tem o que comer
No caminho sem volta, o matadouro.
sábado, 24 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Amor em prosopopéia
Incomoda-me essa convulsão de ditos
De sorrisos felizes enquadrados
De alegrias matinais
Descompartilho minhas vísceras
E no madrigal da tarde
Cabe o canto dos que não tem voz
Não quero ter razão,
Muito menos ser feliz
Quero afogar o verão
Numa geleira glacial
Quero teus defeitos
Dançando nus num salão em chamas.
De sorrisos felizes enquadrados
De alegrias matinais
Descompartilho minhas vísceras
E no madrigal da tarde
Cabe o canto dos que não tem voz
Não quero ter razão,
Muito menos ser feliz
Quero afogar o verão
Numa geleira glacial
Quero teus defeitos
Dançando nus num salão em chamas.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Sinai (ou Os leopardos de Kafka)
Um bocejo improvisado
Cala os que dirão "dissimular"
Selam as faces plácidas
Imurmuravelmente ácidas
E se rezam preces para os deuses mortos
Cabe, então, a mim a espera do juízo derradeiro
Onde os pontífices sacerdotes dos meus templos
Guardarão inescrutáveis banalidades
Com certezas e lamentos dos que tem fé
E no fel do último gesto
Dirão que ressucitei
Quando de fato, apodreci.
Cala os que dirão "dissimular"
Selam as faces plácidas
Imurmuravelmente ácidas
E se rezam preces para os deuses mortos
Cabe, então, a mim a espera do juízo derradeiro
Onde os pontífices sacerdotes dos meus templos
Guardarão inescrutáveis banalidades
Com certezas e lamentos dos que tem fé
E no fel do último gesto
Dirão que ressucitei
Quando de fato, apodreci.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
(Nominado)
Se existe uma cor pra tua voz
É a dos teus olhos
E se existe um sussuro pro olhar
Desaviso 'calma'
Porque sinto a alma nos dedos
Do teu sopro
Transubstancio este cheiro
Que chamam de flor
Defloro o teu nome em verbetes
Sinestésicos
Ahh....
O teu suspiro é a palavra prima
É a dos teus olhos
E se existe um sussuro pro olhar
Desaviso 'calma'
Porque sinto a alma nos dedos
Do teu sopro
Transubstancio este cheiro
Que chamam de flor
Defloro o teu nome em verbetes
Sinestésicos
Ahh....
O teu suspiro é a palavra prima
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
inviolável
Existe um pomo de glória
Sob as banquisas do Ártico
E absolutamente nada ousa interromper sua imanência.
Sob as banquisas do Ártico
E absolutamente nada ousa interromper sua imanência.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Cemi
Este plateau inabitável de mar
Me faz lembrar de quando
Os ossos dos meus dedos
Se arrastavam por você
E aterrisavam nos teus lábios
O pôr dos seios
A saudade é ter-te em parte
Semiter-te
Intacta
Por trás
Me faz lembrar de quando
Os ossos dos meus dedos
Se arrastavam por você
E aterrisavam nos teus lábios
O pôr dos seios
A saudade é ter-te em parte
Semiter-te
Intacta
Por trás
dos beijos
de outros olhos que não são seus.
de outros olhos que não são seus.
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