Sempre fui núvem pra você
Em seus álbuns e memórias.
Sempre tapei o teu sol
E te anunciei o dilúvio.
Sempre invisível cirrus
ou um cúmulo tormento.
Quando perto de ti,
a neblina
entre você e o mundo.
Sempre inalcançável núvem
Passageira, efêmera núvem.
Mas nunca percebestes que
não era necessário subir
nas mais altas montanhas,
que jamais subira.
Sempre toquei-te nas chuvas de verão
Tornei-te o sol tenro
E afinal, a núvem é o mar transmutado
O rio na forma celeste
Água e ar
Sempre fui flúido.
Nú.
Um ciclo inobservável.
E de que adianta,
se não me guardas no selvagem,
mas numa estação.
A núvem transeunte dissipada no céu.
O destino profetiza o cataclisma
para os que esperam.
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