quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Nós-logismo
Se a realidade é um sonho coletivo, destruiremos o mundo! Afinal, eu não sou, eu somos. E ser é a perene revolução do imponderável, e toda palavra, um manifesto.
sábado, 25 de setembro de 2010
Criação (Ao parapeito)
Embalsamado do Vazio
Assomei-me ao nada
Ceguei-me do calor das coisas
E tudo porque não se lidar com o irreversível.
Eu sou a delinquência do mundo que eu crio.
Fora disso, só o impermanete
Que me abraça
Estalando os ossos
Na imprecisão do ofício de pensar que o pesadelo é um sonho
E que o sonho é a realidade.
Quero morrer como que acordando para o tangível
E tanger-me de todo o éter que te faz, mulher.
Assomei-me ao nada
Ceguei-me do calor das coisas
E tudo porque não se lidar com o irreversível.
Eu sou a delinquência do mundo que eu crio.
Fora disso, só o impermanete
Que me abraça
Estalando os ossos
Na imprecisão do ofício de pensar que o pesadelo é um sonho
E que o sonho é a realidade.
Quero morrer como que acordando para o tangível
E tanger-me de todo o éter que te faz, mulher.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Agouro (Da Troposfera ao Temporal)
Sempre fui núvem pra você
Em seus álbuns e memórias.
Sempre tapei o teu sol
E te anunciei o dilúvio.
Sempre invisível cirrus
ou um cúmulo tormento.
Quando perto de ti,
a neblina
entre você e o mundo.
Sempre inalcançável núvem
Passageira, efêmera núvem.
Mas nunca percebestes que
não era necessário subir
nas mais altas montanhas,
que jamais subira.
Sempre toquei-te nas chuvas de verão
Tornei-te o sol tenro
E afinal, a núvem é o mar transmutado
O rio na forma celeste
Água e ar
Sempre fui flúido.
Nú.
Um ciclo inobservável.
E de que adianta,
se não me guardas no selvagem,
mas numa estação.
A núvem transeunte dissipada no céu.
O destino profetiza o cataclisma
para os que esperam.
Em seus álbuns e memórias.
Sempre tapei o teu sol
E te anunciei o dilúvio.
Sempre invisível cirrus
ou um cúmulo tormento.
Quando perto de ti,
a neblina
entre você e o mundo.
Sempre inalcançável núvem
Passageira, efêmera núvem.
Mas nunca percebestes que
não era necessário subir
nas mais altas montanhas,
que jamais subira.
Sempre toquei-te nas chuvas de verão
Tornei-te o sol tenro
E afinal, a núvem é o mar transmutado
O rio na forma celeste
Água e ar
Sempre fui flúido.
Nú.
Um ciclo inobservável.
E de que adianta,
se não me guardas no selvagem,
mas numa estação.
A núvem transeunte dissipada no céu.
O destino profetiza o cataclisma
para os que esperam.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Glote
Assombrado pelo descabimento
Já não me cabe nem mesmo o assombro,
A vida só me faz sentido
Sentindo-me ao pé do algoz
Não é porque não se existe resposta
Que se deixa de fazer a pergunta.
A pergunta prescreve uma suposição.
Mas a conjectura não existe
Num mundo essencialmente descritivo.
Mas se não existe descrição
Para o que se sente,
Porque escrevo enquanto deveria gritar?
Mas o grito é uma poesia inscrita,
E eu quero te gritar, :
Descrever o que te faz sentir
E escravizar-me de sentimento,
Degolar-me no genuíno gesto
De pensar em você.
Já não me cabe nem mesmo o assombro,
A vida só me faz sentido
Sentindo-me ao pé do algoz
Não é porque não se existe resposta
Que se deixa de fazer a pergunta.
A pergunta prescreve uma suposição.
Mas a conjectura não existe
Num mundo essencialmente descritivo.
Mas se não existe descrição
Para o que se sente,
Porque escrevo enquanto deveria gritar?
Mas o grito é uma poesia inscrita,
E eu quero te gritar, :
Descrever o que te faz sentir
E escravizar-me de sentimento,
Degolar-me no genuíno gesto
De pensar em você.
sábado, 11 de setembro de 2010
Terrasea
Sou náufrago de mim,
Minhas saudades são sonhos imemoráveis
Meus olhos, a ilusão dividida
Sobre a sentença, a realidade descansa
Na mentira da aparência
Meu deserto é o destino
Um oceano de areia movediça.
Minhas saudades são sonhos imemoráveis
Meus olhos, a ilusão dividida
Sobre a sentença, a realidade descansa
Na mentira da aparência
Meu deserto é o destino
Um oceano de areia movediça.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Choupo e neblina
Sobrou, então, o Vazio.
O Esgotamento.
O Efêmero.
Tudo derramou.
E num pranto seco, o que foi pólem apodreceu.
O Esgotamento.
O Efêmero.
Tudo derramou.
E num pranto seco, o que foi pólem apodreceu.
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