Num horizonte ébrio
Turvo diagonizar cada linha
E poro por poro vou expelindo
Tudo que latejei por você
- Cada vibração, cada pulsar
de um firmamento meu
que a tinha hipotenua, sedente
em láctea tocante supernova -
Tudo liquefaz sentido -
Constelar num sopro
O que contei uma vida inteira:
A distância é o que faz o dia ser dia
E a noite ser noite.
De perto, o sol te traga
De longe, as estrelas te esquecem.
Chorei o haver da existência.
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