A beleza é um conceito perverso
A beleza é linda.
A beleza é uma leveza lânguida.
A beleza é uma pena quebrada pairando.
A beleza é uma prece impresciente do sentir.
A beleza é a reza imaculada dos pecadores.
A beleza é a destreza do objeto.
A beleza é o mais sincero olhar do mentiroso.
A beleza é o vulgar sob o véu.
A beleza é uma metáfora inconclusiva.
A beleza é a lama da Samarco.
A beleza é água do rio Doce antes de Heráclito.
A beleza é a hérnia de disco do Parmênides.
A beleza é um sofisma da Natureza.
A beleza é um iceberg desmoronando sobre o mar.
A beleza é um contrato social com o instinto.
A beleza é a luz de uma estrela desfalecida.
A beleza é o tempo paralisado pelo instante.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
sábado, 21 de novembro de 2015
os auto-conselhos vol.2
a coincidência é o acaso brincando de sintonia.
o ritmo é um intervalo consciente.
um homem só precisa de alimento e música pra viver.
a ausência é dar-se conta do desencontro.
nada é irreparável, ainda que nada possa se tornar o que já foi.
o ritmo é um intervalo consciente.
um homem só precisa de alimento e música pra viver.
a ausência é dar-se conta do desencontro.
nada é irreparável, ainda que nada possa se tornar o que já foi.
domingo, 8 de novembro de 2015
os auto-conselhos vol.1
todo caminho é uma encruzilhada inconsciente.
e pra se pisar na grama, somente de pés descalços.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
periférico
esfera-lua
à absoluta escuridão
de luz
absorta de nada
aluna circunscrita
no tudo
como simula o pernoitar
a amada
como se o seio enluarado
da estrada
fosse a abóboda vista
da estrela
e na curva contínua
o seu cume
mira o nadir despido
de embuste
posto que o vento seja
brisa
tudo é cataclismo
em ti.
à absoluta escuridão
de luz
absorta de nada
aluna circunscrita
no tudo
como simula o pernoitar
a amada
como se o seio enluarado
da estrada
fosse a abóboda vista
da estrela
e na curva contínua
o seu cume
mira o nadir despido
de embuste
posto que o vento seja
brisa
tudo é cataclismo
em ti.
sexta-feira, 27 de março de 2015
pos içã o
de dentro da rua
- as veias expostas dessa cidade
tudo soa como uma qu3stão de posicionamento
a geometria dos dedos ao rosto
uma crase que falta
ou uma falta que não deixa de ser
estando em outro lugar
os dentes postos nos lábios
e a sua pressão milimétrica
como a sexta-feira é um lugar no tempo
após ao meio dia, o fractal perfeito da nuvem que anuncia
a causa é um efeito na posição trocada
a chuva é uma parte de sol
e como o esquecimento não deixa de ser a memória dissolvida
eu lembro através de você que não há lugar errado
ou estaríamos todos perdidos.
terça-feira, 10 de março de 2015
Da janela
Realça deserto
Que te lança
Da tua trança
Me desperto
O sentimento
Do teu seio
Me refrato
Nos mil beijos
Que flutuam
No penhasco
Dos teus olhos
Mas me alcança
Antes que distante
Pelo dizer, o aroma
De um instante
E cintila na ribalta
Que te espera
E me acalma
Feito as gotas
Que se encontram
E deslizam suicidas
na janela.
Que te lança
Da tua trança
Me desperto
O sentimento
Do teu seio
Me refrato
Nos mil beijos
Que flutuam
No penhasco
Dos teus olhos
Mas me alcança
Antes que distante
Pelo dizer, o aroma
De um instante
E cintila na ribalta
Que te espera
E me acalma
Feito as gotas
Que se encontram
E deslizam suicidas
na janela.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
- to eat or not tweet
- um ou zero,
eis o algoritmo.
- não há tortura
sem sentimento.
- dar-se conta
é a maior generosidade.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
vir
os verbos
terminam com R
o R que encerra
o R que raia
termina com -ar
o verbo falar
o verbo da dor
termina com -er
tal como ser
a raiz deste rio
que risca
é o verbo
o eterno retorno
é a regra corrente
sair é o engano do ir
voltar é a farsa
da revolução.
terminam com R
o R que encerra
o R que raia
termina com -ar
o verbo falar
o verbo da dor
termina com -er
tal como ser
a raiz deste rio
que risca
é o verbo
o eterno retorno
é a regra corrente
sair é o engano do ir
voltar é a farsa
da revolução.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
circular
pude num rejunte
refazê-la em fragmentos
um prosaico claro
do que lembro
mas se ao menos
me fugisse uma lembrança sequer
inventaria se quisesse
um vento que despisse
a alvorada a tocar a noite
no entrelábio do crepúsculo
e te tocar -ainda- sem escrúpulos
com o falo imaginário
da palavra
com a fala incendiária
do silêncio.
refazê-la em fragmentos
um prosaico claro
do que lembro
mas se ao menos
me fugisse uma lembrança sequer
inventaria se quisesse
um vento que despisse
a alvorada a tocar a noite
no entrelábio do crepúsculo
e te tocar -ainda- sem escrúpulos
com o falo imaginário
da palavra
com a fala incendiária
do silêncio.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
no trono
o plágio é só o ágio
da preguiça
em tempo hábil,
nenhuma propriedade é privada
quando se dá
descarga.
da preguiça
em tempo hábil,
nenhuma propriedade é privada
quando se dá
descarga.
sábado, 18 de outubro de 2014
sabedoria
a barba não significa
senão
o resto morto
que te sai
do rosto
sabedoria
é
ser como um bebê
quanto te nasce
a barba.
senão
o resto morto
que te sai
do rosto
sabedoria
é
ser como um bebê
quanto te nasce
a barba.
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