O espaço-tempo
Contorcido
Livre do ter sido
O agora despido
E cheio de si
logo ergo sum
The stick was not there.
The storm or a kid moved it away.
Or slightly the wind.
Or maybe all the effects altogether.
Or I forgot in which tree and each branch.
Or I missed the park.
Or even the park never existed in the first place.
All was part of my obsessive way to build, some kind of meaning out of this deaf society.
Something to grasp in the middle of the storm.
Something to stick with while everything is vanishing slowly in the grains of time.
The grip slowly fades.. the twig once part of a tree sets its own path.. then a toy in a dream... now a shapeless memory transmuted in words.. that no one reads.
There's no much pleasure
In these days.
But yet I left a stick on a top of a tree
In a park.
Got there again, 3 weeks after
And there it was.
A special stick, an immaginary magical wand,
The sharpest mythological sword,
The scythe of a god.
A branch from a tree.
Dettached and disguised in its own.
Hiding in the clearest and sober place
A naked tree in the middle of the park
In the center of the obvious chaos.
There it was again.
My gift to myself
My selfless self embodied in
A 4 year old boy.
Nessa ilha,
Conheci um senhor chinês.
Educado, simples e com um profundo cheiro de fumo. Pensei o quanto aquele homem já contemplou a sua própria solidão enquanto fumava seu cigarro. Sem filtro suponho.
Depois de um breve silêncio, ele compartilhou a tela do seu celular - a tradução do que queria me dizer.
Sim, meus filhos gostam de cachorro. - respondi em inglês.
Ele buscou então seu "Angel". Não saberia dizer a raça pois não sei nada de cachorros. Mas pra mim, um lobo branco, dócil e doce que uivava quando não via seu dono.
Seu dono, o senhor chinês, vivia 15 anos em um país que não o entendia.
Seu cão passou 15 min sozinho no carro. Uivando em vão.
No fundo, eles nunca se entenderam. No entanto, não podem viver um sem o outro.
Eu paro e me deparo
Com a reminiscência.
Sou feito de sua ciência.
Meu futuro é um anteparo
Que paira sobre a consciência.
E toda semântica que me forjou,
É uma rima ou um remo pra onde vou.
Uma palavra, um centímetro, um algoritmo a mais.
Mas eu deixo migalhas por onde passo.
Reminiscências perdidas,
Lágrimas na chuva,
Irreplicáveis.
Eu paro e me deparo
Que a hermenêutica máxima, a prepotência
É incapaz de lidar com o despropósito.
Sou, acima se tudo, o vazio que não percebi e a fantástica potência que ousei deixar pelo caminho..
Sou acima de tudo, ignorante, incapaz e incompleto apesar de nunca artificial.
Abriu-se ela,
A brecha
E por ela foi
Quase sem caber
E como não sabia
O que havia
Se viu seguindo
Por osmose
Todo espaço raso
Fez profundo
E em cada segundo
Um infinito
O primeiro
E o segundo
E cego seguiu
Atravessando
Até que não sobrasse
O que saber
Seguindo o fio
E restasse apenas
O que já sabia
O abraço óbvio
Da claustrofobia.
A procissão de carros
E o retorcido aço
O zumbido da ambulância
O ambulante
Sob o indiferente sinal
Corpos abraçados
Desfigurados
E um menor abandonado
O biscoito é 1 real
Na escuridão completa,
Ouço sons insondáveis,
Impossíveis,
O som da sobrevivência
Sapos férteis,
Insetos sibilantes,
Presas livres
Pássaros a espreita,
Seres primos,
E plantas à esperança da luz.
Eu olho as estrelas
Há anos-luz.
Assisto ao passado,
Astros primos.
Na escuridão,
Em plena comunhão
O céu e o abismo.
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Despido sobre a vigilância dos robôs
E suas taras numéricas exponenciais,
emulo alguém inexorável.
Sigo em plena competição com a esfinge.
Limito-me a ser, apenas o possível, um paradoxo possível:
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Miragens,
Milhares delas espalhadas
Pelas memórias
Pelas melhores memórias
As mulheres
Pelas melhores mulheres
Os milésimos
Os melhores milésimos
Momentos mínimos
No entanto, os melhores
E contudo, miragens.